domingo, 18 de maio de 2008

Os olhos irrompem no cansaço das coisas aparentes
Porque somos fúteis e queremos comer só o superficial
Nem que seja pela furia de o olhar
Olhar o real pelo lado de fora
Transparencia opaca
Pardos sentidos
Curtos horizontes
Na vertigem sedutora
De tudo parecer
E nada ser
É urgente recusar essa cegueira do olhar
Como encontrar o essencial
No fogo fátuo
Deste real aparente?

É necessário uma realidade menos real
E mais verdadeira
Poesia vadia
Ocupando-se da vida
Celebrando-a
Nos seus recantos mais obscuros e belos
Que não precisam de ser “underground” americano
E ter legendas
Para nos comoverem

Realidade Idealizada
Em que o Poeta
Em cada gesto
Povoe o deserto
Dentro de nós
E nos faça cuidar
um pouco mais do amor

Para que o Poeta não mais pense em se matar
E fale somente das coisas sonhadas
Cada vez mais próximas de todos

Um dia esta Realidade vai ser transmitida em Banda Larga para toda a gente




Um dia o Amor vai fazer toda a diferença...

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