segunda-feira, 5 de maio de 2008

can anybody find home?...

Com furor
Abrimos feridas
Donde escapamos
Insanos e ilesos
Abraçados na solidão
Uns dos outros
"day by day
through the years"
Até queimar
As ausências em brasa
Na memória da pele
(look i´ve found you
just to lose you again)
Habituados a perder
Queremos gente com
Vidas por dentro
Para trincar
Raivas

"all of my life i've been waiting for someone to love day by day through the years"
(...but i'm not the one you've been waiting for...am i?...)

Voamos tão alto
as drogas a queimar no cinzeiro
o olhar a arder
Que acendemos no tecto
Miragens pelos dedos
De tactear sorrisos do avesso
A sós com os nossos medos mais profundos
Até onde iremos assim tão desprotegidos
Como a fome e a dor de um corpo que já não reconhecemos nosso?

Levo-te a ti
Dentro de mim
Por cima dos dias
que nos teimam
em atirar cinza para a cara
Para não vermos a brutal inutilidade
De tudo isto
Esfregamos os olhos
para acordar nos sonhos uns dos outros

our souls on fire

A órbita lunar dos sonhos
Atrofia
Onde as imagens na TV e no PC uivam luzindo solidões

E teimamos em trazer connosco poemas tão inúteis quanto subversivos
Porque recusamos entreter a alma
Esse liquido fogo que dança
Dolorosamente só
Com o que nos dão de esmola

E somos um cacto a rasgar a pele
Quando o amor e a indiferença doem
Os dois estupidamente ao mesmo tempo
Vamo-nos contaminando de Poesia
Com que lutamos
Armados de papel e lápis
Semeamos palavras e imagens
Sem cuidado nenhum
Desenhando letras
Até formar palavras
Frases, poemas, imagens, sons, cores
Que nos fazem sonhar perigosas inutilidades
Quando devíamos estar a fazer dinheiro
A bem de um País falido e improvável
Delírio de um desígnio menor...

3 comentários:

wind disse...

excelente "grito"!
Beijos

alien aboard disse...

Bigadax miga,tu gostares é importante pa mim pq n conhexo ninguém c uma estética mais apurada k a tua (plo menos n aki na blogosfera :)

alien aboard disse...

"gritos mudos xamando a atenção pra vida k se leva sem nenhuma razão"

...fizeste-m lembrar os Xutos!