sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

OS POETAS-NAVIO DE ESPELHOS




O navio de espelhos
não navega...cavalga

Seu mar é a floresta
que lhe serve de nível

Ao crepúsculo espelha
sol e lua nos flancos

Por isso o tempo gosta
de deitar-se com ele

Os armadores não amam
a sua rota clara

(Vista do movimento
dir-se-ia que pára)

Quando chega à cidade
nenhum cais o abriga

O seu porão traz nada
nada leva à partida

Vozes e ar pesado
é tudo o que transporta

(E no mastro espelhado
uma espécie de porta)

Seus dez mil capitães
têm o mesmo rosto

A mesma cinta escura
o mesmo grau e posto

Quando um se revolta
há dez mil insurrectos

(Como os olhos da mosca
reflectem os objectos)

E quando um deles ala
o corpo sobre os mastros
e escruta o mar do fundo

Toda a nave cavalga
(como no espaço os astros)

Do princípio do mundo
até ao fim do mundo


Mário Cesariny

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

pk é criminoso n nos importarmos...


a animação é brutal e a mensagem cala fundo...mas deve-nos fazer assinar, falar, gritar contra as injustiças...pk até para nascer(principalmente pa ixo) é preciso ter uma sorte dos diabos...por ixo é k kuando vejo atrocidades penso...podia ser eu a estar ali a sofrer...:(

A nave mãããe!!! lol



Vieram-me buscar mas enganaram-se nas coordenadas, é no outro extremo da Europa rapazes, k azelhas mais um poukinho tavam na Ásia! Enfim é das condições atmosféricas n dá pa ver nd...Tenho k lhes arranjar um GPS melhor, é o k é! :)

sábado, 10 de outubro de 2009

Deixa eu dizer...



Deixa, deixa, deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso de mais desabafar
Suportei meu sofrimento
De face mostrada, riso inteiro
Se hoje canto o meu lamento
Coração cantou primeiro
E você não tem direito
De calar a minha boca
Afinal me dói no peito
Uma dor que não é pouca

Claudia

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Purple rain



"I never meant 2 cause u any sorrow
I never meant 2 cause u any pain
I only wanted 2 one time see u laughing
I only wanted 2 see u laughing in the purple rain"

Prince

sábado, 3 de outubro de 2009

Génese

Eu sou algo por fazer
Tu já és outra pessoa
Eu cantei o canto mais escuro da nossa casa
Não morri nas noites
Impérios de futuros ke já não nos pertencem
Mas as palavras impelem-nos para a frente
Elas podem sempre tudo
Até destruir-nos
Leva tempo a recuperar do silêncio
Numa espécie de desilusão cansada
mas aonde, agora, tudo é, outra vez, possível