terça-feira, 28 de abril de 2009

a vida e as suas variações

“Exprimo uma revolta que não tem muito a ver com a minha personalidade no contacto com os outros. Sou, em geral, delicada, mas nos meus textos espero não ser delicada. O mundo exige pessoas indelicadas porque é feio. Há beleza, mas é preciso perspicácia para a encontrar… Portanto, espero que os meus textos sejam belos mas exprimam a fealdade do mundo.”

- Bénedicte Houart-

segunda-feira, 27 de abril de 2009

I Had Lost My Mind




"I had lost my mind.
I lost my head for a while was off my rocker outta line, outta wack.
See I had this tiny crack in my head
That slowly split open and my brain snoozed out,
Lyin' on the sidewalk and I didn't even know it.
I had lost my mind.

Why, i was sitting in the basement when I first realized it was gone.
Got I my car rushed right over to the lost and found.
I said "pardon me but I seem to have lost my mind."
She said "Well can you identify it please?"
I said "Why sure its a cute little bugger
About yea big a little warped from the rain"
She said "Well then sir this must be your brain"
I said "Thank you ma'am I'm always losin' that dang thing."

I had lost my mind."

- Daniel Johnston -

"dis-posição" esquizo-depressiva

Existem realidades paralelas
Onde versões diferentes de nós mesmos coexistem
Alheios uns aos outros
e só os loucos se apercebem disso
Mas ninguém acredita nas vozes dentro das suas cabeças


E se fores só um terás um só olhar
Se fores vários terás uma míriade deles
Que nunca mais conseguirás olhar a vida plo filtro da “normalidade”
Porque uma coisa será sempre outra coisa qualquer
A vida assim cansará menos?

sábado, 25 de abril de 2009

Quis saber o k é feito da revolução...(aonde a liberdade?)

Mais um 25 mas a luta continua por uma real democracia...Liberdade aonde? Kem pode ser livre no desemprego ou a receber salários d miséria? Kem pode ser livre c tanta desigualdade social? Precisamos dum sistema melhor pk este n presta...



"Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci

Perguntei por mim
Quis saber de nós

Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós"

- Paulo de Carvalho

P.S: Esta canção serviu de senha de início da revolução de 25 de Abril de 1974

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Resíduos do Movimento Homeostético

se o universo se comprimisse a um kanto k kanto okuparia? o kanto do ku? o universo cheirará mal ou será algo asseado?...marilu diz-me tu...

"Eu sou um pobre desalmado
Sou um homem muito triste
E da-me a impressao
Que pior do que eu nao existe
Sou um tipo abandonado
Tenho um caracter apagado
E no meu coracao
Uma duvida subsiste
Marilu
Diz-me se es mesmo tu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu
Sou aquele tragico campino,
Que cavalga na pradaria
Em cima da sua mula
Que se chama Maria
Eu ja tive muitas experiencias
De segundo e terceiro grau
E posso te garantir
Que nao sou nada mau
Marilu
Diz-me se es mesmo tu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu
MariMariMariMariMarilu
MariMariMarilu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu
E ja estou quase a ir-me embora
Deixo uma mensagem para ti
Em homenagem a esse monumento
Que eu nunca comi
Com duas letrinhas apenas
Se escreve a palavra cu
Mas sao preciso seis
Para eu dizer Marilu
Marilu
Diz-me se es mesmo tu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu"



"ENA PÁ 2000, 20 anos a Pedalar na Bosta"


há lá algo mais escatológico do k ixto?

P.S senão vejamos a origem etimológica da palavra "escatologia": "éschatos" (último) + lógos = parte da Teologia que se refere às coisas que deverão suceder no fim do mundo
Mas tb do Grego skór, skatós (excremento) + lógos, ou seja tratado sobre os excrementos lol.
e na vdd o Ku é parente por via ascendente do excremento :)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Um ponto de Luz




Somos aquilo em que acreditamos, aquilo em que sonhamos, quero acreditar que fomos feitos também para sermos felizes e não indiferentes uns aos outros, os publicitários sabem bem desse nosso desejo por cumprir por isso exploram-no até ao tutano, deixando-o a saber a nada, nos anúncios a refrigerantes, asseguram-nos: "estás aqui para ser feliz" mas só se consumires coca-cola, e por extensão se-lo-ás sempre que comprares aquela marca, se fizeres isto ou aquilo que disserem para tu fazeres, se pensares assim, se olhares para ali, se andares por aqui, se te poupares à angustia de pensares e decidires por ti mesmo...mas nós somos o que somos sem muitas vezes sabermos ao certo o que somos e para onde vamos, somos a soma e a subtracção de todas as pessoas que passaram pelas nossas vidas e as que connosco ainda se irão cruzar; prosseguimos na procura do nosso ponto de luz a pulsar nas nossas veias e queremos partilhar, com toda a força, da imensa fragilidade e ternura que habita em qualquer um de nós, que é "um rio que desliza" um sol que mesmo quando dói brilha...:)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

a vida tal como ela é: pop/pimba neo-realista horny e sem um pingo de poesia

Este sábado
Depois de um almoço gorduroso e
excessivamente salgado
Quero a televisão acesa o dia todo
Nos programas mais estúpidos que houverem
O comando na mão direita
A tablete de chocolate na esquerda
Vou fazer zapping pla vida

A vida corre normal entre despedimentos, layoffs, o caso Freeport e o BPN

O Ze paranormal faz croxé enquanto sintoniza com suas antenas paranóicas o canal desportivo. Hoje há futebol, chulé e sopa de chouriço. A Maria peluda vai comentando, enquanto folheia a Tvguia, a politica nacional que parece que vai mal, quer tudo é mama, diz que é tudo corrupto e há um engenheiro que diz que é gay e que afinal não é engenheiro é só gay e tem como hobby fazer lobby, o que também não faz mal e parece que até está na moda (o fazer-se lobby n o ser-se gay k o k está na moda é parecer-se gay okay?). O Zé comenta a propósito que há dias atrás no Continente o tio Belmiro essa bixa do demónio, retirou os sacos dos congelados por causa da crise e porque os clientes são garganeiros, que à borla só a pagar mesmo, que o tio anda pouco rico para tanta prodigalidade! A Maria acrescenta que já não é bem assim, voltaram a por os sacos à discrição na secção de congelados e eu não sei nada disso porque tenho eurónios como na publicidade e só vou ao minipreço onde todos os sacos são democraticamente vendidos a 3 cêntimos cada.

Entretanto a cultura continua a mesma, nas tardes da Júlia há casos da vida real...Tudo gravadinho para meu deleite :)

E quando cansar da companhia e da programação "requentada"
despeço-me do Zé e da Maria
desligo a televisão e mando vir
do catalogo da revista online “ragazzino in pelota”
Aquele gajo todo bom 10 anos mais novo do que eu
e com nuvens na cabeça
Para fazer a limpeza da minha cuzinha
Vestido apenas com um avental

Enfim um dia eu crio juízo
Mas não precisa de ser para já
Talvez o faça quando acabarem com as telenovelas da TVI
Ou kuando acabar o saldo do meu cartão de crédito
O que quer que seja que vier primeiro…

quinta-feira, 16 de abril de 2009

once upon time there was a litle girl with a beautiful mess inside

"Just look at yourself now
deep inside
deeper than you ever dared
there's a beautiful mess inside
beautiful mess inside"

Yael Naim




A tua confusão também é a minha
O teu cansaço
A tua pequena derrota
Quando te assustas há uma parte de mim
Que se enche dessa cor que o medo pinta
E quando estás alegre
Sou da leveza desse mesmo coração

New Soul




"I'm a new soul I came to this strange world hoping
I could learn a bit 'bout how to give and take.
But since I came here felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake

(...)

I'm a young soul in this very strange world
Hoping I could learn a bit 'bout what is true and fake.
But why all this hate?
Try to communicate finding
Just that love is not always easy to make
."


-Yael Naim

domingo, 12 de abril de 2009

The Pills Won't Help You Now - Chemical Brothers



normalmente n gosto de vídeos educativos mas esta musika é linda e juntamente c o vídeo ilustra bem como akilo k no inicio te parece libertar acaba por te "aprisionar"...é smpr bom relembrar: don't poison your body...

"Thought we were going
and go up the field a ways
and join all the other living souls
but you never came

robbed of your fortune
you get disappointments in life
you're probably poisoning your body
i hope you're alright

in a moment of fear
you dig in your heels
the pills won't help you now
once you're crying"

- Os manos kimicos

terça-feira, 7 de abril de 2009

the pale blue dot...lição d humildade



"The earth is a very small stage in a vast cosmic arena. (...) To my mind, there is perhaps no better demonstration of the folly of human conceits than this distant image of our tiny world. To me, it underscores our responsibility to deal more kindly and compassionately with one another and to preserve and cherish that pale blue dot, the only home we've ever known."

— Carl Sagan

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Monógo a duas :)


"Por vezes os dias em que ainda nos reconhecemos sobrepõem-se a tudo. E pensamos que não é tarde, que nunca é tarde para procurar a nossa própria realidade, o tempo é uma abstracção. O tempo pode ser uma abstracção mas enfiámo-nos num labirinto sem saída, foi o que o último sonho me disse. Uma estrada, dia cinzento (aliás a cor que me tem acompanhado ultimamente). Desço para um vale e pressinto que a estrada não tem fim. Perto de um conjunto de casas que me parecem abandonadas vejo um homem. Paro. Em vez da palavra estrada sai-me labirinto. Este labirinto não tem fim? Que labirinto? Este, a estrada. É sempre em frente. A resposta será sempre esta. Todos nos dizem para olhar em frente, para continuar o percurso e seguir as indicações que nos dão à partida num mapa arrumado, como tudo o que aliás nos dão.
Somos condicionados desde muito cedo a olhar de uma determinada maneira. Nunca sabemos se o que encontramos é o nosso olhar original e vemo-nos sempre aflitos e desamparados quando queremos pensar com os nossos pobres neurónios. Somos cúmplices de todas as ilusões porque nos são necessárias. Para quem viveu toda a vida na mentira, no equívoco, como é o meu caso, só muito mais tarde começa a descobrir as coisas autênticas. Para quem aprendeu a iludir a dor e a angústia, como é também o meu caso, vê-se completamente perdido quando procura identificar exactamente o que sente. Mas as alternativas que eu encontro no meu percurso não são brilhantes. Não conheço muitas pessoas que analisem a fundo as coisas, o tipo de vida que levam. Mesmo partindo do princípio que cresceram num ambiente realista e autêntico, em que se conhecem as coisas pelos nomes e pela sua função real e não aparente, em que se conhecem as pessoas como são na realidade e não como as imaginamos, em que se aprendem as regras do jogo e se aproveita ao máximo esse conhecimento, não percebo muito bem porque é que isso não se traduz em pessoas mais interessantes e originais. Porque é que a adaptação à realidade não as torna mais autónomas é coisa que não compreendo, talvez mais felizes consigo próprias mas isso será suficiente, não sei.
No fundo nunca me consegui adaptar, não foi por falta de várias tentativas da minha parte e toda a boa vontade da minha parte, mas para isso teria de ter nascido noutra casa, noutro lugar, com um cérebro programável, talvez. Muito mais tarde descobri que foi apenas por um feliz acaso, repito um feliz acaso, que escapei a essa programação. Quem é que quer ser feliz se pode aprender a olhar as coisas e as pessoas de um sem número de perspectivas diferentes. Quem é que se contenta com a simples satisfação consigo próprio quando há imensos abismos a que não se pode fugir. Quando penso que o objectivo do estudo científico das pessoas que frequentei nessa escola estatal é precisamente a adaptação do indivíduo, mesmo que lhe chamem outras coisas como viver em sociedade, etc., e a tal satisfação pessoal, dá-me vontade de rir até às lágrimas. Aprendemos a rir do que nos é mais doloroso, é uma questão de sobrevivência. Aprendemos a rir do que nos vão tirando ao longo do nosso percurso, tudo aquilo que amamos, tudo aquilo que procuramos, até ficarmos entregues a nós próprios e à nossa capacidade de sobrevivência. Fugimos da influência da nossa família que é a mais perigosa, porque se insinua da forma mais subtil com a mesma lógica do poder que vamos encontrar na sociedade. Fugimos da influência dessa sociedade e dessa lógica que nos é imposta desde logo e demasiado cedo. E mais tarde descobrimos que afinal andamos à procura daquilo que mais nos assusta, os afectos e a lógica do poder que as pessoas passam a ter sobre nós e que nós da forma mais hipócrita queremos ter sobre as pessoas. Fugimos do que mais nos ameaça e esquecemo-nos que somos também nós dependentes e manipuladores. Digo da forma mais hipócrita porque me farto de dizer a mim própria que não compreendo nem aceito a linguagem do poder e descubro em mim essa procura de afinidades. E ainda por cima, no meu caso, descobrir afinidades só à distância, talvez porque aprendi a amar personagens e não pessoas, a ver a realidade de uma forma poética e não autêntica. Talvez a distância seja a maior aproximação possível.
Só agora consigo ver o meu afastamento das coisas verdadeiras. A vida é um percurso estranho e sem sentido. Se é que posso utilizar a palavra percurso. Percorrer não tem sido bem aquilo que eu chamaria às sucessivas tentativas de encontrar uma saída, um significado para os labirintos onde me tenho mais ou menos perdido. A palavra adequada é deambular. Deambular tem sido realmente o que eu tenho feito e muito provavelmente o que continuarei a fazer. É a forma que melhor se adapta à minha filosofia. Os labirintos não têm princípio nem fim e não há fuga possível. Nasceste na casa dos monólogos, essa é que é a verdade. A casa dos rituais que impedem qualquer mensagem, que destroem qualquer mensagem. Numa casa assim aprendemos a construir o nosso espaço. Passamos a viver fora de códigos sociais, nada temos a ver com eles. E um dia compreendemos que o nosso percurso, até aí razoavelmente satisfatório para as nossas exigências intelectuais e afectivas, não terá grandes hipóteses de se manter intacto e autêntico. Um dia vêm perturbar a nossa existência com a necessidade de adaptação social. A escola é o primeiro treino e o primeiro desvio no nosso percurso natural. A partir daqui, pelo menos no meu caso, passou a ser uma questão de sobrevivência. É por isso que me considero uma sobrevivente, digo isto para me tranquilizar, repito para mim, és uma sobrevivente, podias ter enveredado pela solução do mimetismo social, repara só no que te podias ter transformado, no que podias ser hoje. Cada vez mais me convenço que o que verdadeiramente interessa na vida só o descobrimos quando saímos dos percursos que nos indicaram.
Este trajecto nem sequer foi uma escolha minha, mas o resultado de um acaso, numa sequência de potenciais acasos, digo potenciais ao pensar em determinadas tendências que nos atraem para este ou aquele percurso. Perdi imenso tempo a tentar recuperar essa realidade e é um sonho ou dois sem nexo que me trazem de volta o que eu pensava ter perdido para sempre (o meu próprio rosto?).
E pensar que essa procura itinerante me levou ao estudo pretensamente científico dos seres humanos! Não sei se fiquei a saber mais do que antes sobre esse assunto, penso até que esse tempo foi tempo perdido, que só me afastou ainda mais da compreensão do que quer que seja que se relacione com a espécie humana. Nada do que fui encontrar nessa escola me aproximou dos seres humanos e muito menos de mim própria. Houve, é claro, uma excepção. E uma determinada aula que vista à distância (ou à aproximação), me abriu várias perspectivas de estudo. Cinco anos a assimilar informações que não são aplicáveis, como os tais mapas muito arrumados que nos dão. Estes professores traduzem até à exaustão os conceitos científicos, que são afinal preconceitos científicos, e os alunos absorvem estes preconceitos para lhes garantir continuidade. Estou a ser também eu preconceituosa, sem dúvida. É a forma mais cómoda de me tranquilizar, digo então, como explicas que antes da tua entrada nessa escola o estudo das pessoas te fascinasse e que depois da tua saída dessa escola te tenha voltado a fascinar?, e como explicas que o estudo científico e organizado não te tenha levado a lado nenhum? E não foi só a sensação desagradável de ter andado a caminhar ao contrário do que queria inicialmente, isto é, ao contrário da minha natureza, foi também ter de fazer um esforço complementar para me libertar de uma data de tiques que sempre nos ficam. Depois dessa experiência procurei evitar tanto quanto possível tudo o que se lhe assemelhasse. Aprendi a identificar com mais facilidade essa violência própria dos especialistas na matéria, essa gente doentia que se distancia dos restantes da sua espécie para os catalogar e arrumar definitivamente. Essa gente é capaz da maior violência sem ter disso consciência, seguram-se aos tais preconceitos científicos. Estes especialistas apenas servem para perpetuar as leis da natureza, as leis sociais contra o indivíduo. A escola simboliza tudo o que vamos encontrar de seguida, a dimensão própria da sociedade, o estilo próprio da sociedade, a violência própria da sociedade."



Revejo-me em tudo neste texto as palavras dela são as minhas aquelas que sempre pensei e nunca disse…estou a pontos de a beijar!! lol

E começa tudo na escola porque na escola ninguém ensina ninguém a entender-se a olhar dentro de si a escutar o outro...a escola tem campainhas para ligarmos e desligarmo-nos, somos autómatos como o cão do Pavlov ao som da sineta nós eternos putos salivamos ou marchamos ao som das campainhas...o importante é competir, colega contra colega, amigo contra amigo, vestir a luva de boxe e civilizadamente ir à luta; o currículo oculto da escola não foi feito para aprender o auto e heteroconhecimento, para estimular a criatividade e a liberdade, mas sim que para que se obedeça acriticamente aos chefes/professores e para que saibamos afinal qual o nosso lugar na sociedade e levamos essa obediência cega para o resto da nossa vida adulta (des)ajustada à loucura da sociedade normalizada standartizada como as maçãs golding de calibre europeu lol...para que não levantemos muitas ondas, para que nos habituemos à falta de sentido e a sermos tristes sem saber porquê, para que definhemos devagar e em silêncio...sempre intuí essa desumanização da escola mas nunca o pude verbalizar sem que me olhassem de lado como um ser doutro planeta alien vá lá, talvez por isso nunca fui, quando criança grande “aluna" nem já crescida grande “educadora”, mas sim mais uma reles sabotadora do sistema de ensino :)

Uma performance selvagem c/ mts abraços e audio-visual no meio: "Maaarrrteeeee atack" ou "o bébé e o palhaço" lol

o colectivo 7'Naves apresenta

No início era o Caos...desorganização estelar, brutalidade visceral...Caminho aos encontrões na multidão, choco contigo, choco comigo, não dou por ti, não dou por mim, nada me importa...porque eu sou o centro do Universo e colido com tudo o resto. Ao início há o Eu e o Tu, nunca o Nós...

De desastre em desastre, de raiva em raiva desenhamos agressões na pele, chovem objectos até não aguentarmos mais e implodirmos...e tudo ficar reduzido a Nada...

O Nada Criador, onde o tudo agora é possível, até a esperança...No início era o Caos Interior e depois do Nada a necessidade dos Outros de Nós Mesmos, o reencontro, a descoberta da ingenuidade, da alegria que sempre habitou dentro de cada um...mesmo dentro do nosso lado mais negro há um novo caminho...



P.S parece k foi há anos luz mas foi apenas há 9 meses atrás...