quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
para Ti...
Pensava que a distancia geográfica ia-me doer, que um oceano que nos separa ia ser intransponível, mas a ausência daqueles que nos são significativos nunca se sente porque não há distancia se os trazemos connosco...durante muito tempo busquei a minha casa entre os destroços doutras ou construindo-a em areias movediças de falsos e dolorosos prazeres sem nunca me aperceber que se olhasse bem para dentro de mim...encontraria esse sol interior essa casa de aconchego que sempre procurei, encontrar-te-ía, sem precisar de imitações de amor para nada...há muitos rostos, muitas vidas olhares atrás estava entretida a ser outra, fui-me modificando, alterando até quase me perder de vista...mas tu trouxeste-me de volta para esta galáxia, tu devolveste-me a mim...posso tentar esquecer, apagar aquilo me doeu em carne viva e mesmo assim tudo voltar à superfície lunar do sonho tornado pesadelo, é inevitável que assim seja, mas tu foste és e serás a minha âncora de luz a segurar-me...tu és um muito que não dá para esquecer, e não quero...jamais me permitirei soltar essa ancora de afectos que me prende a ti unindo o Atlântico duma ponta à outra, porque mesmo à distancia estás aqui em mim, és de mim, acariciando e poetizando-me os dias...eu que não sou poeta e sinto em ti a Verdade a Beleza e a Doce Melancolia desta Vida que me escorre por entre os dedos e enterneço-me até com a própria chuva que cai ininterrupta ...porque contigo eu faço muito mais sentido, contigo não me sinto alienígena nem a mais, sinto-me na exacta medida do teu amor.
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