terça-feira, 12 de novembro de 2013
um bom poema funciona como betadine para as feridas da alma, ajuda a desinfetá-las e a limpá-las das impurezas da tristeza e no final cicatriza tudo muito melhor...mas não os poemas do Pessoa, esses escarafuncham as feridas, o tipo é mórbido e obsessivo e é essa a sua beleza, no entanto hj queria poemas com outro tipo de vida por dentro para afastar estas paisagens da morte em visita (se bem que a chatice da morte é para quem fica por cá fica vivo a ganir por quem se vai...é claro que é sempre mais interessante estar-se vivo do que estar-se morto, sempre acontecem mais coisas :P mas a maior parte das coisas que acontecem são de uma maçada e de uma canseira indescritível , até os excessos que cometemos...poças ainda bem que se morre, eu n me importo nada de morrer, a chatice é ver os outros morrer 1º...) mas voltando ao Pessoa, esta alien aqui adora o gajo, mas esta coisa do Pessoa as vezes poe-me doente pq ele quer mas não quer, é um tipo no fundo apático, a vida física esgotou-se-lhe com tanta vida interior imaginada, com tanto excesso intelectualizado, mirrou-se-lhe a energia vital toda, apetece abaná-lo por dentro da escrita e sussurrar-lhe ao ouvido das palavras: bora lá my dear bora fazer pessoinhas e little aliens nas paginas do texto... mas não, o Pessoa ia recusar-se horrorizado, conheço-lhe bem a sua sensibilidade, toda ela é uma armadilha...mas é uma boa armadilha, vale sempre a pena cair nela :)
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