A mão fria da morte pousou no meu peito
eu afundava e não me lembrava de ti
concentrava o meu pensamento em tentar respirar
o corpo gelava
quase me deixei ir
desisti de lutar
não me lembrava de ti...
até que de repente inspirei a fundo
e todo o ar do mundo entrou a arder pelos pulmoes afogados num mar de frio
uma força que não era minha puxou-me para cima e atirou-me contra as paredes
contra todos os espectros que vigiavam de perto o meu sonho lucido
e gritou (gritei...?) toda a raiva do mundo
o desespero de se estar vivo(a)
sem mapa nem bussula nem outro sistema de navegação
que não a tentativa erro
a tentativa erro
erro
erro
E vou errando de pé à beira dos abismos que desenho
para me precipitar em seguida
Esperei sempre a vinda dum anjo para me resgatar
para me ajudar a encontrar o equilibrio perdido...
Mas sei-o agora foi por ti que não me deixei afundar
Não preciso arranjar outras razões
Para viver quando sinto o calor das tuas mãos a refrescar a minha alma
Não há melhor droga que o puro amor que nos une
Obrigada
És o meu amor feliz
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