quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Sky And Sand
in the nighttime
when the world is at it's rest
you will find me
in the place I know the best
dancin', shoutin'
flyin' to the moon
(you) don't have to worry
'cause I'll be come back soon
and we build up castles
in the sky and in the sand
design our own world
ain't nobody understand
I found myself alive
in the palm of your hand
as long as we are flyin'
All this world ain't got no end
In the daytime
you wil find me by your side
tryin' to do my best
and tryin' to make things right
when it all turns wrong
there's no fault but mine
but it won't hit hard
'cause you let me shine
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Horizonte Imediato
"Todos os dias me apoio em qualquer coisa, ando, como, esqueço e desaprendo...alguma coisa nua, grave surge, ao lado passa...eu não sou este desejo que às vezes arde alto sobre o chão..."
António Ramos Rosa
António Ramos Rosa
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Sobre o Equilibrio
Impactos da Mente sobre o Corpo:
A sabedoria popular diz-nos que "quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga", mas nós - HUMANIDADE - ainda estamos bem longe de conseguir controlar e disciplinar a mente ao ponto de conseguirmos criar - em tempo real e a cada instante - uma realidade sadia e harmoniosa. A tomada de consciência é o primeiro passo neste longo e árduo caminho:
"Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar a nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!"
As nossas células estão constantemente a observar os nossos pensamentos e a ser modificadas por eles.
Um surto de depressão pode arrasar o sistema imunológico; apaixonar-se, pelo contrário, pode fortificá-lo tremendamente.
A alegria e a realização mantém-nos saudáveis e prolongam a vida.
A recordação de uma situação stressante, que não passa de um fio de pensamento, liberta o mesmo fluxo de hormonas destrutivas que o stress.
As células estão constantemente a processar as experiências e a metaboliza-las de acordo com nossos pontos de vista pessoais.
Não se pode simplesmente captar dados brutos e carimbá-los com um julgamento. Transformamo-nos na interpretação quando a interiorizamos.
Quem está deprimido por causa da perda de um emprego - por exemplo - projecta tristeza por toda parte no corpo: a produção de neuro-transmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormonas baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuro-peptídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até as lágrimas contêm traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.
Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontrar uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usarmos a nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.
A ansiedade por causa de um exame acaba por passar; assim como a depressão por causa de um emprego perdido. O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.
Shakespeare não estava a ser metafórico quando disse:
" Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."
Quer saber como está o seu corpo hoje?
Lembre-se dos seus pensamentos de ontem.
Quer saber como estará o seu corpo amanhã?
Olhe para os seus pensamentos de hoje!
"Ou você abre o seu coração,
Ou algum cardiologista o fará por si!"
DEEPAK CHOPRA
A sabedoria popular diz-nos que "quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga", mas nós - HUMANIDADE - ainda estamos bem longe de conseguir controlar e disciplinar a mente ao ponto de conseguirmos criar - em tempo real e a cada instante - uma realidade sadia e harmoniosa. A tomada de consciência é o primeiro passo neste longo e árduo caminho:
"Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar a nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!"
As nossas células estão constantemente a observar os nossos pensamentos e a ser modificadas por eles.
Um surto de depressão pode arrasar o sistema imunológico; apaixonar-se, pelo contrário, pode fortificá-lo tremendamente.
A alegria e a realização mantém-nos saudáveis e prolongam a vida.
A recordação de uma situação stressante, que não passa de um fio de pensamento, liberta o mesmo fluxo de hormonas destrutivas que o stress.
As células estão constantemente a processar as experiências e a metaboliza-las de acordo com nossos pontos de vista pessoais.
Não se pode simplesmente captar dados brutos e carimbá-los com um julgamento. Transformamo-nos na interpretação quando a interiorizamos.
Quem está deprimido por causa da perda de um emprego - por exemplo - projecta tristeza por toda parte no corpo: a produção de neuro-transmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormonas baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuro-peptídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até as lágrimas contêm traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.
Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontrar uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usarmos a nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.
A ansiedade por causa de um exame acaba por passar; assim como a depressão por causa de um emprego perdido. O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.
Shakespeare não estava a ser metafórico quando disse:
" Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."
Quer saber como está o seu corpo hoje?
Lembre-se dos seus pensamentos de ontem.
Quer saber como estará o seu corpo amanhã?
Olhe para os seus pensamentos de hoje!
"Ou você abre o seu coração,
Ou algum cardiologista o fará por si!"
DEEPAK CHOPRA
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Gosto de saber que nem sempre posso traduzir o que me vai na cabeça por palavras.
Gosto da incrível força que me dás, da vulnerabilidade com que fico
Foste és o que em mim se agita
Não gosto que saibas disto tudo...
Digo para mim mesma que não és assim tão importante, não te dou a ler-me!
Talvez nem precises de o fazer....nem sempre aquilo que me traduz melhor é aquilo que digo...a maior parte das vezes não o é...isto tb se pode ler ao contrário
Um dia possibly maybe ;)
Gosto da incrível força que me dás, da vulnerabilidade com que fico
Foste és o que em mim se agita
Não gosto que saibas disto tudo...
Digo para mim mesma que não és assim tão importante, não te dou a ler-me!
Talvez nem precises de o fazer....nem sempre aquilo que me traduz melhor é aquilo que digo...a maior parte das vezes não o é...isto tb se pode ler ao contrário
Um dia possibly maybe ;)
The Reverse Graffiti Project
A Arte em prol dum mundo mais limpo e belo:
cause the world can be a very dirty place
cause the world can be a very dirty place
a poesia está no meio de nós e n num kualker lugar idealizado...
« A poesia é o caminho e o preâmbulo que nos aproxima da verdadeira vida, essa vida que está ausente da quotidianeidade. » Santiago López-Petit
Discordo, a poesia pode e deve ser encontrada na quotidianeidade, num certo olhar para a descobrir lá onde menos se espera...por ser lá que é mais necessária a sua presença.
Discordo, a poesia pode e deve ser encontrada na quotidianeidade, num certo olhar para a descobrir lá onde menos se espera...por ser lá que é mais necessária a sua presença.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
E por vezes...
E por vezes...
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos
E por vezes encontramos de nós em poucos meses...
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos.
David Mourão Ferreira
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos
E por vezes encontramos de nós em poucos meses...
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos.
David Mourão Ferreira
domingo, 13 de junho de 2010
Heartbeats
One night to be confused
One night to speed up truth
We had a promise made
Four hands and then away
Both under influense
We had divine scent
To know what to say
Mind is a razorblade
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
One night of magic rush
The start a simple touch
One night to push and scream
And then relief
Ten days of perfect tunes
The colors red and blue
We had a promise made
We were in love
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
And you, you knew the hands of the devil
And you, kept us awake with wolf teeths
Sharing different heartbeats
In one night
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
To call for hands of above
To lean on
Wouldn't be good enough
For me, no
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural
pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.
Bertolt Brecht
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural
pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.
Bertolt Brecht
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Cá dentro é só INQUIETAÇÃO...
"A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda"
José Mário Branco
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Tou a pensar k a noite às vezes é um saco de cansaços enrolado na sua própria solidão...
N sei no k hj em mim me falta...
Ode à noite (inteira)
"Gosto do momento, exacto ou nem por isso,
em que se torna possível colar cartazes
nas paredes ao lado dos meus ombros (espero
o autocarro, vejo devagar, sorrio). Mas
gosto, sobretudo, dos cães quase sem dono
que roçam as esquinas, pisando restos de garrafas
- ou das pessoas que desconheço
e das bebidas todas que ignoro
(porque me matam menos e se chamam
- como eu - insónia, pesadelo, golpe baixo).
Existem, claro, raparigas louras um tanto
heteredoxas que não te apetece beijar
(a forca do bâton, perfeita - o cigarro aceso
pedindo outro lume). Essas mesmas que hão-de
um dia procriar com zelo, evitando rugas,
tumores e o mundo como representação misógina.
Mais lírica, sem dúvida, é a lavagem das ruas,
com a cerveja a premiar a farda
demasiado verde e os bigodes de serviço.
Outros, alguns, tornam concreto o torpor
de um charro e pedem-te em crioulo básico
um cigarro português que tu vais dar,
sem esforço nem palavras. Entre shots, piercings,
t-shirts de Guevara e gel, podes não acreditar
por algumas horas no axioma frágil do teu corpo.
Esfumas-te, como eles, no espelho de um bar
qualquer, país de enganos e baratas. E
quase gostas disso, quase: a música de punhais,
servil, um certo e procurado desencontro.
Um táxi te ensinará depois o caminho de casa
- ou o seu contrário, pois só ali (anónimo
e desfocado) eras finalmente tu, ou podias ser.
O resto, a vida, fica para outra vez."
Manuel de Freitas
sábado, 8 de maio de 2010
"Raining again" do Moby numa wicked remix :)
"Never know but nothing less
Couldn't see that I have guessed
Couldn't see, couldn't stay away
I never even stopped to dream and
That Id see anything and
The world is coming out so cold
Oh, and it's raining again
Light on your car light, bullets on tin
Oh, and its raining again
Open the door and pulling me in
Nothing here but nothing less
Cold heart is stuck in this
Couldn't say the kindest words we knew
Everything I tried to say but
no one listens anyway
I had to give up everything that I knew
Oh, and it's raining again
Light on your car light, bullets on tin
Oh, and its raining again
Open the door and pulling me in
Oh, and it's raining
Raining again
Oh, and it's raining
Raining again
Nothing here but nothing less
Everything we both regret
Couldn't say the kindest words we knew
Cause it was winter time and
We wanted some more time and
We watched the girls try something knew
We didn't even stopped to see that
That It was breaking me and
the world is coming out so cold
What you want you couldn't get, you
Couldn't wait for something less, you
had to give up everything you knew
Oh, and it's raining again
Light on your car light, bullets on tin
Oh, and its raining again
Open the door and pulling me in
[2x]
Sadness like water raining down
Raining down, raining down, raining down
[5x]
Oh, and it's raining
Raining again
Oh, and it's raining
Raining again"
Moby
sexta-feira, 7 de maio de 2010
"Hurt"
éramos reis
não havia nd de errado ali no topo do mundo
podíamos ser tudo o ke kiséssemos ser
era só espetar mais fundo o sonho nas veias
sem dor nem culpa
sem frio nem fome
porque nada era tão belo e perfeito
e nunca estivéramos tão vivos
como kuando kuase mortos
acordar agora era impossível
e doía como facas a espetar na carne
recomeçar?...
aonde curar as nossas feridas?
em todo o lado, dentro de ti talvez, enganava-te eu,
pk afinal o pesadelo é acordar...e n te encontrar
"What have I become?
my sweetest friend
Everyone I know
goes away in the end"
não havia nd de errado ali no topo do mundo
podíamos ser tudo o ke kiséssemos ser
era só espetar mais fundo o sonho nas veias
sem dor nem culpa
sem frio nem fome
porque nada era tão belo e perfeito
e nunca estivéramos tão vivos
como kuando kuase mortos
acordar agora era impossível
e doía como facas a espetar na carne
recomeçar?...
aonde curar as nossas feridas?
em todo o lado, dentro de ti talvez, enganava-te eu,
pk afinal o pesadelo é acordar...e n te encontrar
"What have I become?
my sweetest friend
Everyone I know
goes away in the end"
alone...
"Se o fruto caísse ao chão e não morresse
não frutificaria
numa solidão sem fim a vida ser-lhe-ía impossível
Já não sou eu mas outro que mal acaba de começar"
Samuel Beckett
Agora és futuro antes de aconteceres e passado logo ke o deixas de ser alheio a ti mesmo habitado por uma multiplicidade de pessoas lugares e sentimentos, nunca deixarás de existir dentro de ti mesmo, secular o peito batendo ao ritmo dum novo mundo noutro lugar o teu passado amanhã recomeçará a renascer do outro de ti mesmo apre(e)nderá o nome das coisas, o sabor o saber a geometria da vida e nunca deixarás de existir dentro de ti mesmo para recomeçares tudo de novo outra vez perdendo peso, perdendo bagagem em kualker sitio ganhando fôlego no teu passado nascerás dentro de ti sem ke tu o notes e te compreendas...numa solidão desalmada nasces, cresces ressentido com os pais aprendes as regras do jogo, arranjas emprego, endireitas a vida, assentas e casas, crias a tua própria família, largas os pais, agarras os filhos que com sorte não te odeiam também e deixam-te velho incoerente a berrar em silêncio pelo corpo fora pelo amor em sangue ke te é devido porque nunca fomos filhos de ninguém mas keremos alguém ke nos pertença desde o dia em ke nascemos possessivos plo seio da mãe até ao dia em ke morremos sem dentes para morder a vida e ainda assim a roer o osso duro da solidão ke nos deixaram sem ilusões de amor a renunciar a pouco e pouco à poesia de estarmos vivos...
...E às vezes as palavras não valem nada porkuanto todas as palavras ke sabemos são estas ke nos ensinaram e não outras ke nos revelariam em toda a luz as sombras de ke somos feitos sem nada para nos agarrarmos que não seja o imenso medo escorregadio de nos perdermos uns dos outros, mesmo antes de nos tocarmos, mas vamos balbuciando aos encontrões uns aos outros, o amor às avessas, dizendo "olá" "adeus", kuando keríamos gritar "amo-te" ou "não me deixes" estupidamente esperando ke alguém nos entenda mas como nunca ninguém nos entende morremos sós...
"I, feel the time, slowly drifting in my veins, Memories, remains
Confined, I'm alive, somewhere by the autumn leaves, Falling in between
'Cause no one's there to hold my head up high, No one's there to peace my mind
Alone, lies my soul, I'm so cold, I'm afraid, To find hollow life
Sleepless night, empty days
Opaque fading eyes stumble in my face, Through the crowd I forsake
Demised I'm aside weaked by the lonely haze, Of no point, no aim
'Cause no one's there to hold my head up high, No one's there to peace my mind
Alone, I'm afraid, To find hollow life, Sleepless nights, empty days
Alone..."
ALONE-Ramp
não frutificaria
numa solidão sem fim a vida ser-lhe-ía impossível
Já não sou eu mas outro que mal acaba de começar"
Samuel Beckett
Agora és futuro antes de aconteceres e passado logo ke o deixas de ser alheio a ti mesmo habitado por uma multiplicidade de pessoas lugares e sentimentos, nunca deixarás de existir dentro de ti mesmo, secular o peito batendo ao ritmo dum novo mundo noutro lugar o teu passado amanhã recomeçará a renascer do outro de ti mesmo apre(e)nderá o nome das coisas, o sabor o saber a geometria da vida e nunca deixarás de existir dentro de ti mesmo para recomeçares tudo de novo outra vez perdendo peso, perdendo bagagem em kualker sitio ganhando fôlego no teu passado nascerás dentro de ti sem ke tu o notes e te compreendas...numa solidão desalmada nasces, cresces ressentido com os pais aprendes as regras do jogo, arranjas emprego, endireitas a vida, assentas e casas, crias a tua própria família, largas os pais, agarras os filhos que com sorte não te odeiam também e deixam-te velho incoerente a berrar em silêncio pelo corpo fora pelo amor em sangue ke te é devido porque nunca fomos filhos de ninguém mas keremos alguém ke nos pertença desde o dia em ke nascemos possessivos plo seio da mãe até ao dia em ke morremos sem dentes para morder a vida e ainda assim a roer o osso duro da solidão ke nos deixaram sem ilusões de amor a renunciar a pouco e pouco à poesia de estarmos vivos...
...E às vezes as palavras não valem nada porkuanto todas as palavras ke sabemos são estas ke nos ensinaram e não outras ke nos revelariam em toda a luz as sombras de ke somos feitos sem nada para nos agarrarmos que não seja o imenso medo escorregadio de nos perdermos uns dos outros, mesmo antes de nos tocarmos, mas vamos balbuciando aos encontrões uns aos outros, o amor às avessas, dizendo "olá" "adeus", kuando keríamos gritar "amo-te" ou "não me deixes" estupidamente esperando ke alguém nos entenda mas como nunca ninguém nos entende morremos sós...
"I, feel the time, slowly drifting in my veins, Memories, remains
Confined, I'm alive, somewhere by the autumn leaves, Falling in between
'Cause no one's there to hold my head up high, No one's there to peace my mind
Alone, lies my soul, I'm so cold, I'm afraid, To find hollow life
Sleepless night, empty days
Opaque fading eyes stumble in my face, Through the crowd I forsake
Demised I'm aside weaked by the lonely haze, Of no point, no aim
'Cause no one's there to hold my head up high, No one's there to peace my mind
Alone, I'm afraid, To find hollow life, Sleepless nights, empty days
Alone..."
ALONE-Ramp
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Ágape
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor."
Bíblia: Primeira Epístola aos Coríntios
Bíblia: Primeira Epístola aos Coríntios
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Poema temperamental
"Ó caralho! Ó caralho!
Quem abateu estas aves?
Quem é que sabe? quem é
que inventou a pasmaceira?
Que puta de bebedeira
é esta que em nós se vem
já desde o ventre da mãe
e que tem a nossa idade?
Ó caralho! Ó caralho!
Isto de a gente sorrir
com os dentes cariados
esta coisa de gritar
sem ter nada na goela
faz-nos abrir a janela.
Faz doer a solidão.
Faz das tripas coração.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque não vem o diabo
dizer que somos um povo
de heróicos analfabetos?
Na cama fazemos netos
porque os filhos não são nossos
são produtos do acaso
desde o sangue até aos ossos.
Ó caralho! Ó caralho!
Um homem mede-se aos palmos
se não há outra medida
e põe-se o dedo na ferida
se o dedo lá for preciso.
Não temos que ter juízo
o que é urgente é ser louco
quer se seja muito ou pouco.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque é que os poemas dizem
o que os poetas não querem?
Porque é que as palavras ferem
como facas aguçadas
cravadas por toda a parte?
Porque é que se diz que a arte
é para certas camadas?
Ó caralho! Ó caralho!
Estes fatos por medida
que vestimos ao domingo
tiram-nos dias de vida
fazem guardar-nos segredos
e tornam-nos tão cruéis
que para comprar anéis
vendemos os próprios dedos.
Ó caralho! Ó caralho!
Falta mudar tanta coisa.
Falta mudar isto tudo!
Ser-se cego surdo e mudo
entre gente sem cabeça
não é desgraça completa.
É como ser-se poeta
sem que a poesia aconteça.
Ó caralho! Ó caralho!
Nunca ninguém diz o nome
do silêncio que nos mata
e andamos mortos de fome
(mesmo os que trazem gravata)
com um nó junto à garganta.
O mal é que a gente canta
quando nos põem a pata.
Ó caralho! Ó caralho!
O melhor era fingir
que não é nada connosco.
O melhor era dizer
que nunca mais há remédio
para a sífilis. Para o tédio.
Para o ócio e a pobreza.
Era melhor. Concerteza.
Ó caralho! Ó caralho!
Tudo são contas antigas.
Tudo são palavras velhas.
Faz-se um telhado sem telhas
para que chova lá dentro
e afogam-se os moribundos
dentro do guarda-vestidos
entre vaias e gemidos.
Ó caralho! Ó caralho!
Há gente que não faz nada
nem sequer coçar as pernas.
Há gente que não se importa
de viver feita aos bocados
com uma alma tão morta
que os mortos berram à porta
dos vivos que estão calados.
Ó caralho! Ó caralho!
Já é tempo de aprender
quanto custa a vida inteira
a comer e a beber
e a viver dessa maneira.
Já é tempo de dizer
que a fome tem outro nome.
Que viver já é ter fome.
Ó caralho! Ó caralho!
Ó caralho!"
Joaquim Pessoa
Quem abateu estas aves?
Quem é que sabe? quem é
que inventou a pasmaceira?
Que puta de bebedeira
é esta que em nós se vem
já desde o ventre da mãe
e que tem a nossa idade?
Ó caralho! Ó caralho!
Isto de a gente sorrir
com os dentes cariados
esta coisa de gritar
sem ter nada na goela
faz-nos abrir a janela.
Faz doer a solidão.
Faz das tripas coração.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque não vem o diabo
dizer que somos um povo
de heróicos analfabetos?
Na cama fazemos netos
porque os filhos não são nossos
são produtos do acaso
desde o sangue até aos ossos.
Ó caralho! Ó caralho!
Um homem mede-se aos palmos
se não há outra medida
e põe-se o dedo na ferida
se o dedo lá for preciso.
Não temos que ter juízo
o que é urgente é ser louco
quer se seja muito ou pouco.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque é que os poemas dizem
o que os poetas não querem?
Porque é que as palavras ferem
como facas aguçadas
cravadas por toda a parte?
Porque é que se diz que a arte
é para certas camadas?
Ó caralho! Ó caralho!
Estes fatos por medida
que vestimos ao domingo
tiram-nos dias de vida
fazem guardar-nos segredos
e tornam-nos tão cruéis
que para comprar anéis
vendemos os próprios dedos.
Ó caralho! Ó caralho!
Falta mudar tanta coisa.
Falta mudar isto tudo!
Ser-se cego surdo e mudo
entre gente sem cabeça
não é desgraça completa.
É como ser-se poeta
sem que a poesia aconteça.
Ó caralho! Ó caralho!
Nunca ninguém diz o nome
do silêncio que nos mata
e andamos mortos de fome
(mesmo os que trazem gravata)
com um nó junto à garganta.
O mal é que a gente canta
quando nos põem a pata.
Ó caralho! Ó caralho!
O melhor era fingir
que não é nada connosco.
O melhor era dizer
que nunca mais há remédio
para a sífilis. Para o tédio.
Para o ócio e a pobreza.
Era melhor. Concerteza.
Ó caralho! Ó caralho!
Tudo são contas antigas.
Tudo são palavras velhas.
Faz-se um telhado sem telhas
para que chova lá dentro
e afogam-se os moribundos
dentro do guarda-vestidos
entre vaias e gemidos.
Ó caralho! Ó caralho!
Há gente que não faz nada
nem sequer coçar as pernas.
Há gente que não se importa
de viver feita aos bocados
com uma alma tão morta
que os mortos berram à porta
dos vivos que estão calados.
Ó caralho! Ó caralho!
Já é tempo de aprender
quanto custa a vida inteira
a comer e a beber
e a viver dessa maneira.
Já é tempo de dizer
que a fome tem outro nome.
Que viver já é ter fome.
Ó caralho! Ó caralho!
Ó caralho!"
Joaquim Pessoa
quinta-feira, 22 de abril de 2010
País engravatado todo o ano e a assoar-se na gravata por engano
O País Relativo
"País por conhecer, por escrever, por ler...
País purista a prosear bonito,
a versejar tão chique e tão pudico,
enquanto a língua portuguesa se vai rindo,
galhofeira, comigo.
País que me pede livros andejantes
com o dedo, hirto, a correr as estantes.
País engravatado todo o ano
e a assoar-se na gravata por engano.
País onde qualquer palerma diz,
a afastar do busílis o nariz:
- Não, não é para mim este país!
Mas quem é que bàquestica sem lavar
o sovaco que lhe dá o ar?
Entrincheiram-se, hostis, os mil narizes
que há neste país.
País do cibinho mastigado
devagarinho.
País amador do rapapé,
do meter butes e do parlapié,
que se espaneja, cobertas as miúdas,
e as desleixa quando já ventrudas.
O incrível país da minha tia,
trémulo de bondade e de alegria.
Moroso país da surda cólera,
do repente que se quer feliz.
Já sabemos, país, que és um homenzinho...
País tunante que diz que passa a vida
a meter entre parêmtesis a cedilha.
A damisela passeia
no país da alcateia,
tão exterior a si mesma
que não é senão a fome
com que este país a come.
País do eufemismo, à morte dia a dia
pergunta mesureiro: - Como vai a vida?
País dos gigantones que passeiam
a importância e o papelão,
inaugurando esguichos no engonço
do gesto de nuvens ideia!
Corre, boleada, pelo azul,
a frota de nuvens pelo país.
País desconfiado a reolhar por cima
dum ombro que, com razão, duvida.
Este país, enquanto se alivia,
manda-nos à mãe, à irmã, à tia,
a nós e à tirania
sem perder tempo nem caligrafia.
Nesta mosquitomaquia
que é a vida,
ó país,
que parece comprida!
A Santa Paciência, país, a tua padroeira,
já perde a paciência à nossa cabeceira.
País pobrete e nada alegrete,
baú fechado com um aloquete,
que entre dois sudários não contém senão
a triste maçã do coração.
Que Santa Suplicanta nos conforte
na má vida, país, na boa morte!
País das troncas e delongas ao telefone
com mil cavilhas para cada nome.
Da ramona, país, que de viagens
tens, tão contrafeito...
Embezerra, país, que bem mereces,
prepara, no mutismo, teus efes e teus erres.
Desaninhada a perdiz,
não a discutas, país!
Espirra-lhe a morte pra cima
com os dois canos do nariz!
Um país maluco de andorinhas
tesourando as nossas cabecinhas
de enfermiços meninos, roda-viva
em que entrássemos de corpo e alegria!
Estrela trepa trepa pelo vento fagueiro
e ao país que te espreita, vê lá se o vês inteiro.
Hexágono de papel que o meu pai pôs no ar,
já o passo a meu filho, cansado de o olhar...
No sumapau seboso da terceira,
contigo viajei, ó país por lavar,
aturei-te o arroto, o pivete, a coceira,
a conversa pancrácia e o jeito alvar.
Senhor do meu nariz, franzi-te a sobrancelha;
entornado de sono, resvalaste pra mim.
Mas também me ofereceste a cordial botelha,
empinada que foi, tal e qual clarim!"
Alexandre O'Neill, "Feira Cabisbaixa", 1965
45 anos passaram mas o poema continua tão actual e acutilante como nexe tempo da dita ditadura; pk este pais o "país onde qualquer palerma diz"...afinal no fundamental (ou seja nas mentalidades), n mudou axim tanto :(
"País por conhecer, por escrever, por ler...
País purista a prosear bonito,
a versejar tão chique e tão pudico,
enquanto a língua portuguesa se vai rindo,
galhofeira, comigo.
País que me pede livros andejantes
com o dedo, hirto, a correr as estantes.
País engravatado todo o ano
e a assoar-se na gravata por engano.
País onde qualquer palerma diz,
a afastar do busílis o nariz:
- Não, não é para mim este país!
Mas quem é que bàquestica sem lavar
o sovaco que lhe dá o ar?
Entrincheiram-se, hostis, os mil narizes
que há neste país.
País do cibinho mastigado
devagarinho.
País amador do rapapé,
do meter butes e do parlapié,
que se espaneja, cobertas as miúdas,
e as desleixa quando já ventrudas.
O incrível país da minha tia,
trémulo de bondade e de alegria.
Moroso país da surda cólera,
do repente que se quer feliz.
Já sabemos, país, que és um homenzinho...
País tunante que diz que passa a vida
a meter entre parêmtesis a cedilha.
A damisela passeia
no país da alcateia,
tão exterior a si mesma
que não é senão a fome
com que este país a come.
País do eufemismo, à morte dia a dia
pergunta mesureiro: - Como vai a vida?
País dos gigantones que passeiam
a importância e o papelão,
inaugurando esguichos no engonço
do gesto de nuvens ideia!
Corre, boleada, pelo azul,
a frota de nuvens pelo país.
País desconfiado a reolhar por cima
dum ombro que, com razão, duvida.
Este país, enquanto se alivia,
manda-nos à mãe, à irmã, à tia,
a nós e à tirania
sem perder tempo nem caligrafia.
Nesta mosquitomaquia
que é a vida,
ó país,
que parece comprida!
A Santa Paciência, país, a tua padroeira,
já perde a paciência à nossa cabeceira.
País pobrete e nada alegrete,
baú fechado com um aloquete,
que entre dois sudários não contém senão
a triste maçã do coração.
Que Santa Suplicanta nos conforte
na má vida, país, na boa morte!
País das troncas e delongas ao telefone
com mil cavilhas para cada nome.
Da ramona, país, que de viagens
tens, tão contrafeito...
Embezerra, país, que bem mereces,
prepara, no mutismo, teus efes e teus erres.
Desaninhada a perdiz,
não a discutas, país!
Espirra-lhe a morte pra cima
com os dois canos do nariz!
Um país maluco de andorinhas
tesourando as nossas cabecinhas
de enfermiços meninos, roda-viva
em que entrássemos de corpo e alegria!
Estrela trepa trepa pelo vento fagueiro
e ao país que te espreita, vê lá se o vês inteiro.
Hexágono de papel que o meu pai pôs no ar,
já o passo a meu filho, cansado de o olhar...
No sumapau seboso da terceira,
contigo viajei, ó país por lavar,
aturei-te o arroto, o pivete, a coceira,
a conversa pancrácia e o jeito alvar.
Senhor do meu nariz, franzi-te a sobrancelha;
entornado de sono, resvalaste pra mim.
Mas também me ofereceste a cordial botelha,
empinada que foi, tal e qual clarim!"
Alexandre O'Neill, "Feira Cabisbaixa", 1965
45 anos passaram mas o poema continua tão actual e acutilante como nexe tempo da dita ditadura; pk este pais o "país onde qualquer palerma diz"...afinal no fundamental (ou seja nas mentalidades), n mudou axim tanto :(
terça-feira, 20 de abril de 2010
daydreaming wide awake at night...
Nuit Blanche from Spy Films on Vimeo.
E se fossemos tão fortes como o que supúnhamos ser, ao inicio? E se nos inventássemos indestrutíveis, com mais brilho? Se caminhássemos de encontro um ao outro, alheios aos constrangimentos do mundo? E se ao sonharmos isto tudo…tudo isto fosse tornando-se realidade?
Mas não importa se nos mexemos ou se estamos parados
Não podemos fugir à nossa própria pele
Por isso mais vale usar uma que seja a verdadeira...
...Mesmo sem sabermos ao certo onde essa imprudência nos possa levar…
Da próxima vez que nos encontrarmos
vamos trocar o medo pelo prazer da descoberta
Vamo-nos contagiar de alegria
Na nudez exaltante dos sentidos
A minha casa vais ser tu
E eu a tua casa
No conforto dum corpo de abrigo
Abrindo-se de dentro para fora
Nunca mais seremos estranhos um ao outro
sexta-feira, 9 de abril de 2010
I'm all for moderation, but sometimes it seems moderation itself can be a kind of extreme
"Being alone, it can be quite romantic
Like Jacques Cousteau underneath the Atlantic
A fantastic voyage to parts unknown
Going to depths where the sun's never shone
And I fascinate myself when I'm alone
So I go a little overboard, but hang on to the hull
While I'm airbrushing fantasy art on a life
That's really kind of dull
Oh, I'm in a lull
I'm all for moderation, but sometimes it seems
Moderation itself can be a kind of extreme
So I joined the congregation
I joined the softball team
I went in for my confirmation
Where incense looks like steam
I start conjugating proverbs
Where once there were nouns
This whole damn rhyme scheme's
Starting to get me down
Oh, I'm in a lull
I'm in a lull
Being alone, it can be quite romantic
Like Jacques Cousteau underneath the Atlantic
A fantastic voyage to parts unknown
Going to depths where the sun's never shone
And I fascinate myself, sure I do
When I'm alone
I'm rambling on rather self-consciously
While I'm stirring these condiments into my tea
And I think I'm so lame, I bet I think this song’s about me
Don't I, don't I, don't I?
I'm in a lull..."
letra e musica do André o passarinho
terça-feira, 30 de março de 2010
SwEeT dIsPoSiTiOn
Sweet disposition
Never too soon
Oh, reckless abandon
Like no one's
Watching you
A moment, a love
A dream aloud
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs
A moment, a love
A dream aloud
A moment, a love
A dream aloud
(Chorus)
So stay there
'Cause I'll be comin' over
And while our bloods still young
It's so young
It runs
And we won't stop til it's over
Won't stop to surrender
Songs
Of desperation
I played them for you
A moment, a love
A dream aloud
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs
A moment, a love
A dream, aloud
A moment, a love
A dream aloud
(Chorus)
So stay there
'Cause I'll be comin' over
And while our bloods still young
It's so young
It runs
And we won't stop til it's over
Won't stop to surrender
Never too soon
Oh, reckless abandon
Like no one's
Watching you
A moment, a love
A dream aloud
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs
A moment, a love
A dream aloud
A moment, a love
A dream aloud
(Chorus)
So stay there
'Cause I'll be comin' over
And while our bloods still young
It's so young
It runs
And we won't stop til it's over
Won't stop to surrender
Songs
Of desperation
I played them for you
A moment, a love
A dream aloud
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs
A moment, a love
A dream, aloud
A moment, a love
A dream aloud
(Chorus)
So stay there
'Cause I'll be comin' over
And while our bloods still young
It's so young
It runs
And we won't stop til it's over
Won't stop to surrender
segunda-feira, 22 de março de 2010
Hey boy/girl you wont be under their control!
As pedras não te magoarão os pés
O sol n te keimará a pele
mas mal o caminho te doer
darás sentido aos gestos que as palavras esboçarem
onde os teus passos brilharão mais fortes
olharás para as cicatrizes dos dias
e dirás “elas são os meus troféus”
como o verdadeiro caminhante vais-te livrando do lastro do barulho do mundo
dakilo que eles dizem ser o “melhor” pra ti
e como bagagem trarás a novidade do olhar
capaz de fazer brotar em ti a alegria do instante
como uma criança eternamente aprendiz
serás capaz de vencer o medo
para descobrires outros caminhos
diferentes daqueles predestinados para ti ao início
Serás forte, generoso/a
insubmisso/a
hás-de crescer por dentro
Não te limitarás ao ke te dão a digerir
Procurarás o teu próprio "alimento"
Se tiveres de morrer será pelas tuas verdades e não pla hipocrisia do mundo...
E se for preciso gritarás a plenos pulmões:
"Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me!
Motherfucker!!” :)
O sol n te keimará a pele
mas mal o caminho te doer
darás sentido aos gestos que as palavras esboçarem
onde os teus passos brilharão mais fortes
olharás para as cicatrizes dos dias
e dirás “elas são os meus troféus”
como o verdadeiro caminhante vais-te livrando do lastro do barulho do mundo
dakilo que eles dizem ser o “melhor” pra ti
e como bagagem trarás a novidade do olhar
capaz de fazer brotar em ti a alegria do instante
como uma criança eternamente aprendiz
serás capaz de vencer o medo
para descobrires outros caminhos
diferentes daqueles predestinados para ti ao início
Serás forte, generoso/a
insubmisso/a
hás-de crescer por dentro
Não te limitarás ao ke te dão a digerir
Procurarás o teu próprio "alimento"
Se tiveres de morrer será pelas tuas verdades e não pla hipocrisia do mundo...
E se for preciso gritarás a plenos pulmões:
"Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me
Fuck you, I won't do what you tell me!
Motherfucker!!” :)
Irmãos pequenos do vento
"Eu e os outros fomos protagonistas de um milagre. Ninguém ainda conseguiu explicar como estamos vivos neste momento… Ninguém encontra uma razão para o facto de termos ultrapassado as fases da infância e da adolescência.
Fazíamos coisas disparatadas sem que alguém nos protegesse. Saíamos em grupo para tomar banho no velho açude, mesmo sem antes termos aprendido a nadar correctamente. Partíamos de bicicleta, sem capacete, para tão longe quanto aguentassem as forças ou a fome. Íamos sem destino. Entrávamos em cavernas e perdíamo-nos lá dentro. Trepávamos muros altos para entrarmos em casas abandonadas, onde estabelecíamos o nosso refúgio. Fazíamos explorações, rasgávamo-nos, sujávamo-nos.
Íamos a pé para a escola, mesmo quando estava a chover, mesmo quando ficava longe.
E lutávamos uns com os outros. Esmurrávamo-nos. Partíamos, por vezes, ossos e dentes. Organizávamos, na mata do castelo, grandes combates, nos quais utilizávamos espadas de madeira que tínhamos construído. Sabíamos bem – por experiência própria, e não apenas porque nos tivessem dito – que uma ferida profunda doía e demorava algum tempo a cicatrizar. Viver, para nós, não podia ser sem correr riscos. Ou éramos de todo inconscientes ou pensávamos que um anjo cuidava de nós.
Não havia um animador que viesse ensinar-nos modos correctos de brincar. Nem organizações que fabricassem para nós formas de ocupação dos tempos livres. Não tínhamos tempos livres. Não sei, aliás, como pudemos sobreviver a tanta actividade.
Não parávamos. Tínhamos apetite: comíamos como cavalos e não ficávamos obesos. O Sol alojava-se em nós e fazia-se cor e saúde.
Inventávamos as nossas brincadeiras e nunca precisámos de comprar jogos caros. Usávamos paus, pedras, velhos pneus, uma corda… Não tivemos jogos electrónicos, 99 canais a cabo, filmes em vídeo, telemóveis, computadores ou Internet.
Tivemos amigos.
Passávamos horas e horas a brincar lá fora com eles. Como não havia os telemóveis, muitas vezes ninguém sabia exactamente onde estávamos. Resolvíamos os nossos problemas. Lidávamos sozinhos com um pneu furado na bicicleta, com um dia de tempestade, com um objecto perdido. Descobríamos a maneira de arranjar uma bola de futebol, de apanhar um grilo, de fazer uma fogueira. Aprendíamos a lidar com cada um dos nossos companheiros, com as nossas capacidades, com as circunstâncias mais variadas.
Crescíamos.
Nem em casa sossegávamos muito, porque tínhamos irmãos.
Os nossos pais ainda não conheciam as novas regras sobre o trabalho infantil. Mas também conseguimos sobreviver ao facto de termos de fazer a cama, cozinhar algumas das nossas refeições, ajudar a pintar a casa, preparar a roupa para vestir no dia seguinte, varrer a sala, lavar a louça.
Fazíamos loucuras. Brincávamos com cães não vacinados, bebíamos todos pela mesma garrafa, secávamos a roupa no corpo. Dávamo-nos com gente pouco recomendável. Pedíamos boleias. Entrávamos em acampamentos de ciganos e tínhamos lá amigos. Aprendíamos coisas com eles.
Mil vezes podíamos ter morrido, mil vezes podíamos ter sido assaltados, mil vezes podíamos ter adoecido gravemente. Mas sempre que superávamos uma dificuldade tornávamo-nos mais fortes, mais capazes de enfrentar o que viesse. Servíamo-nos dos nossos adversários para crescer. A dor tornava-nos resistentes à dor; a necessidade de nos esforçarmos aumentava a nossa força; uma derrota levava a que nos conhecêssemos melhor.
Sobrevivemos. Éramos os irmãos pequenos do vento. Gostávamos de sentir a chuva a escorrer do cabelo para a face."
P.Geraldo
Fazíamos coisas disparatadas sem que alguém nos protegesse. Saíamos em grupo para tomar banho no velho açude, mesmo sem antes termos aprendido a nadar correctamente. Partíamos de bicicleta, sem capacete, para tão longe quanto aguentassem as forças ou a fome. Íamos sem destino. Entrávamos em cavernas e perdíamo-nos lá dentro. Trepávamos muros altos para entrarmos em casas abandonadas, onde estabelecíamos o nosso refúgio. Fazíamos explorações, rasgávamo-nos, sujávamo-nos.
Íamos a pé para a escola, mesmo quando estava a chover, mesmo quando ficava longe.
E lutávamos uns com os outros. Esmurrávamo-nos. Partíamos, por vezes, ossos e dentes. Organizávamos, na mata do castelo, grandes combates, nos quais utilizávamos espadas de madeira que tínhamos construído. Sabíamos bem – por experiência própria, e não apenas porque nos tivessem dito – que uma ferida profunda doía e demorava algum tempo a cicatrizar. Viver, para nós, não podia ser sem correr riscos. Ou éramos de todo inconscientes ou pensávamos que um anjo cuidava de nós.
Não havia um animador que viesse ensinar-nos modos correctos de brincar. Nem organizações que fabricassem para nós formas de ocupação dos tempos livres. Não tínhamos tempos livres. Não sei, aliás, como pudemos sobreviver a tanta actividade.
Não parávamos. Tínhamos apetite: comíamos como cavalos e não ficávamos obesos. O Sol alojava-se em nós e fazia-se cor e saúde.
Inventávamos as nossas brincadeiras e nunca precisámos de comprar jogos caros. Usávamos paus, pedras, velhos pneus, uma corda… Não tivemos jogos electrónicos, 99 canais a cabo, filmes em vídeo, telemóveis, computadores ou Internet.
Tivemos amigos.
Passávamos horas e horas a brincar lá fora com eles. Como não havia os telemóveis, muitas vezes ninguém sabia exactamente onde estávamos. Resolvíamos os nossos problemas. Lidávamos sozinhos com um pneu furado na bicicleta, com um dia de tempestade, com um objecto perdido. Descobríamos a maneira de arranjar uma bola de futebol, de apanhar um grilo, de fazer uma fogueira. Aprendíamos a lidar com cada um dos nossos companheiros, com as nossas capacidades, com as circunstâncias mais variadas.
Crescíamos.
Nem em casa sossegávamos muito, porque tínhamos irmãos.
Os nossos pais ainda não conheciam as novas regras sobre o trabalho infantil. Mas também conseguimos sobreviver ao facto de termos de fazer a cama, cozinhar algumas das nossas refeições, ajudar a pintar a casa, preparar a roupa para vestir no dia seguinte, varrer a sala, lavar a louça.
Fazíamos loucuras. Brincávamos com cães não vacinados, bebíamos todos pela mesma garrafa, secávamos a roupa no corpo. Dávamo-nos com gente pouco recomendável. Pedíamos boleias. Entrávamos em acampamentos de ciganos e tínhamos lá amigos. Aprendíamos coisas com eles.
Mil vezes podíamos ter morrido, mil vezes podíamos ter sido assaltados, mil vezes podíamos ter adoecido gravemente. Mas sempre que superávamos uma dificuldade tornávamo-nos mais fortes, mais capazes de enfrentar o que viesse. Servíamo-nos dos nossos adversários para crescer. A dor tornava-nos resistentes à dor; a necessidade de nos esforçarmos aumentava a nossa força; uma derrota levava a que nos conhecêssemos melhor.
Sobrevivemos. Éramos os irmãos pequenos do vento. Gostávamos de sentir a chuva a escorrer do cabelo para a face."
P.Geraldo
sexta-feira, 5 de março de 2010
hide and seek...
"where are we?
what the hell is going on?
the dust has only just begun to form
crop circles in the carpet
sinking feeling
spin me round again
and rub my eyes,
this can't be happening
when busy streets a mess with people
would stop to hold their heads heavy
hide and seek
trains and sewing machines
all those years
they were here first
oily marks appear on walls
where pleasure moments hung before the takeover,
the sweeping insensitivity of this still life
hide and seek
trains and sewing machines (oh, you won't catch me around here)
blood and tears (hearts)
they were here first
Mmmm whatcha say,
Mmm that you only meant well?
well of course you did
Mmmm whatcha say,
Mmmm that it's all for the best?
of course it is
Mmmm whatcha say?
Mmmm that it's just what we need
you decided this
whatcha say?
Mmmm what did she say?
ransom notes keep falling out your mouth
mid-sweet talk, newspaper word cut outs
speak no feeling no I don't believe you
you don't care a bit,
you don't care a bit
(hide and seek)
ransom notes keep falling out your mouth
mid-sweet talk, newspaper word cut outs
(hide and seek)
speak no feeling no i don't believe you
you don't care a bit,
you don't care a (you don't care a) bit
(hide and seek)
oh no, you don't care a bit
oh no, you don't care a bit
(hide and seek)
oh no, you don't care a bit
you don't care a bit
you don't care a bit"
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
somewhere over the rainbow
Deliciem-se com esta pérola de alegria, sonhem muito e como diria o Solnado: "façam o favor de ser felizes"!
sweet :)
sweet :)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Heart Skipped A Beat...
"Sometimes i still need you..."
Mais um dia. Tudo correu mal, menos o amor.
O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor,ele acabará,mais tarde ou mais cedo por ser fodido. É melhor que morrer. Há coisas como o alcoól e os livros, que continuam boas. A morte é mais aborrecida. Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto,ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisas mais bonita do mundo.(...)
Mais um dia. Tudo correu mal, menos o amor. A vida é simples e fácil de perder. Mas o amor é fodido. E gostei de fodê-lo contigo."
Miguel Esteves Cardoso
E é por ixo ke gosto de ler este gajo :)
"Please don't say we're done
When I'm not finished
I could give you so much
Make you feel, like never before
Welcome, they said welcome to the floor (...)
Heart skipped a beat
And when I caught it you were out of reach
But I'm sure, I'm sure
You've heard if before"
Mais um dia. Tudo correu mal, menos o amor.
O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor,ele acabará,mais tarde ou mais cedo por ser fodido. É melhor que morrer. Há coisas como o alcoól e os livros, que continuam boas. A morte é mais aborrecida. Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto,ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisas mais bonita do mundo.(...)
Mais um dia. Tudo correu mal, menos o amor. A vida é simples e fácil de perder. Mas o amor é fodido. E gostei de fodê-lo contigo."
Miguel Esteves Cardoso
E é por ixo ke gosto de ler este gajo :)
"Please don't say we're done
When I'm not finished
I could give you so much
Make you feel, like never before
Welcome, they said welcome to the floor (...)
Heart skipped a beat
And when I caught it you were out of reach
But I'm sure, I'm sure
You've heard if before"
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Esquinas
Só eu sei
as esquinas
por que passei
só eu sei
só eu sei
sabe lá
o que é não ter
e ter que ter pra dar
sabe lá
sabe lá
e quem será
nos arredores do amor
que vai saber reparar
que o dia nasceu?
Só eu sei
os desertos
que atravessei
só eu sei
só eu sei
sabe lá
o que é morrer de sede
em frente ao mar
sabe lá
sabe lá
e quem será
na correnteza do amor
que vai saber se guiar?
A nave em breve
ao vento vaga
de leve e traz
toda paz
que um dia
o desejo levou
só eu sei
as esquinas
por que passei
só eu sei
só eu sei
Letra e musica do grande Djavan :)
beijo de saudade
Ondas sagradas do Tejo
Deixa-me beijar as tuas águas
Deixa-me dar-te um beijo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Nas tuas ondas cristalinas
Deixa-me dar-te um beijo
Na tua boca de menina
Deixa-me dar-te um beijo, óh Tejo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Minha terra é aquela pequenina
É Cabo Verde terra minha
Aquela que no mar parece criança
É filha do oceano
É filha do céu
Terra da minha mãe
terra dos meus amores
Bêjo Di Sodade
Onda sagrada di Tejo
Dixám'bejábu bô água
Dixám'dábu um beijo
Um bêjo di mágoa
Um bêjo di sodadi
Pá bô levá mar, pá mar leval'nha terra
Na bôs onda cristalina
Dixám'dábu um beijo
Na bô boca di mimina
Dixám'dábu um beijo óh Tejo
Um bêjo di mágoa
Um bêjo di sodadi
Pá bô levá mar, pá mar leval'nha terra
Nha terra ê quêl piquinino
È Cabo Verde, quêl quê di meu
Terra que na mar parcê minino
È fidjo d'oceano
È fidjo di céu
Terra di nha mãe
Terra di nha cretcheu
Deixa-me beijar as tuas águas
Deixa-me dar-te um beijo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Nas tuas ondas cristalinas
Deixa-me dar-te um beijo
Na tua boca de menina
Deixa-me dar-te um beijo, óh Tejo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Minha terra é aquela pequenina
É Cabo Verde terra minha
Aquela que no mar parece criança
É filha do oceano
É filha do céu
Terra da minha mãe
terra dos meus amores
Bêjo Di Sodade
Onda sagrada di Tejo
Dixám'bejábu bô água
Dixám'dábu um beijo
Um bêjo di mágoa
Um bêjo di sodadi
Pá bô levá mar, pá mar leval'nha terra
Na bôs onda cristalina
Dixám'dábu um beijo
Na bô boca di mimina
Dixám'dábu um beijo óh Tejo
Um bêjo di mágoa
Um bêjo di sodadi
Pá bô levá mar, pá mar leval'nha terra
Nha terra ê quêl piquinino
È Cabo Verde, quêl quê di meu
Terra que na mar parcê minino
È fidjo d'oceano
È fidjo di céu
Terra di nha mãe
Terra di nha cretcheu
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
We can do anything...
Não estás só
Tens a força das coisas que ainda não são
Que aguardam o dia de acontecer
O vento a fustigar-nos os cabelos na cara
O vento de tao inconstante
Tem estatuto de raiz
Amplexos contrarios
Varrem-nos a alma
Ninguém tem a menor ideia
Dos furacões que nos percorrem
Quando estamos sós
E eu sorrio para ti
Protejo-te do frio da fome
Guardo na barriga uma galáxia
De estrelas e de sonhos que nos carregam
De um dia para o outro
E o tempo esse ainda está do nosso lado…:)
P.S:ai ai...o que esta alien delira...não te cures não que não precisas lol
Tens a força das coisas que ainda não são
Que aguardam o dia de acontecer
O vento a fustigar-nos os cabelos na cara
O vento de tao inconstante
Tem estatuto de raiz
Amplexos contrarios
Varrem-nos a alma
Ninguém tem a menor ideia
Dos furacões que nos percorrem
Quando estamos sós
E eu sorrio para ti
Protejo-te do frio da fome
Guardo na barriga uma galáxia
De estrelas e de sonhos que nos carregam
De um dia para o outro
E o tempo esse ainda está do nosso lado…:)
P.S:ai ai...o que esta alien delira...não te cures não que não precisas lol
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Pense no Haiti, reze pelo Haiti...
"Haiti: estamos abandonados
13 13UTC Janeiro 13UTC 2010
A noite de ontem foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do lado de fora da casa onde estamos hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao redor e banhado por um estrelado e maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo este pequeno texto para alimentar a avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.
O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia.
O que o mundo e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo?
A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.
Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?
Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.
Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.
A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.
A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.
Me incomoda a ânsia por tragédias da media internacional. Acho louvável a postura de nossa fotógrafa de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e pessoas mortas. Acredito que nenhum de nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.
Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência do Haiti. Para nós, que estamos aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil de ser quebrada.
Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia também se atentem, antes tarde do que nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.
Otávio Calegari Jorge"
13 13UTC Janeiro 13UTC 2010
A noite de ontem foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do lado de fora da casa onde estamos hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao redor e banhado por um estrelado e maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo este pequeno texto para alimentar a avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.
O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia.
O que o mundo e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo?
A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.
Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?
Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.
Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.
A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.
A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.
Me incomoda a ânsia por tragédias da media internacional. Acho louvável a postura de nossa fotógrafa de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e pessoas mortas. Acredito que nenhum de nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.
Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência do Haiti. Para nós, que estamos aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil de ser quebrada.
Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia também se atentem, antes tarde do que nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.
Otávio Calegari Jorge"
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Acordar tarde
"tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte
procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer
irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia "
Al Berto revisitado por Jorge Palma
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Enkuanto houver estrada para andar...
Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
_______________________________________
1982 - letra e música de Jorge Palma
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